terça-feira, 9 de novembro de 2010

I Ato - Gabriella Monteiro

A Biblioteca Central da cidade é o local que mais me atrai quando encontro buracos nos meus horários. Perco horas e horas com a variedade de livros que ficam expostos nas estantes.
Sempre acompanhada de um bom cappuccino da Cafeteria da biblioteca, e acomodada na minha poltrona preferida da área de leitura, me desligo do que acontece a minha volta.
A fumaça que sobe da minha grande xícara traz um cheiro embriagante de cappuccino as minhas narinas, mas deixa minha visão embaçada, impedindo assim a continuação da minha leitura de Hamlet – William Shakespeare.
Em meio as minhas tentativas frustradas de continuar a leitura, ouço aqueles passos longos e rápidos pelos corredores de livros. O cheiro do cappuccino não é mais o único a embriagar-me, mas um aroma amadeirado inconfundível domina o ambiente a minha volta. A escuridão predomina nas janelas. O sol perde o seu brilho no céu, embora não seja preciso que ele esteja ostentado do lado de fora para que aqueles cachos dourados brilhem aqui dentro.
“Incrível! O que são borboletas na barriga comparadas ao que eu estou sentindo nesse exato momento?” Pensei. “Talvez sejam várias delas. Malditas borboletas! Voando e voando pela minha barriga, me fazendo sentir o inexplicável.”
Listei algumas vantagens e desvantagens em minha mente.
“Uma vantagem de chegar cedo na biblioteca: Pegar um lugar bom, afastado de todos. Dele.
Uma desvantagem de chegar cedo: Ele sentar na minha frente, do meu lado, próximo a mim...”
Bom, lá estava ele. Com aquela camisa verde musgo que eu adoro, vários livros a sua volta, e a caneta na boca. Sempre com a caneta na boca. “Há quanto tempo te observo? O quanto sei sobre você?” Perguntei-me.
Já havia lido a mesma linha umas cinco vezes e nada do que estava escrito ali eu pude assimilar. Tomei um pouco do café. “Qual café?”. Olhei a xícara vazia e não havia nada ali, a não ser o fundo vazio com pequenas gotas do último gole. Levantei-me e fui em direção a Cafeteria encher pela terceira vez a mesma xícara desde que cheguei.
Com a xícara cheia, e a cafeína começando a fazer efeito sobre mim, me sentei na minha poltrona grande e confortável. Voltei a mesma linha do ato III, cena II

“Pois vê só quão pouca consideração tens por mim: estás querendo tocar-me, como instrumento, conhecer os meus registros, do mais alto ao mais baixo. Há muita música boa; aqui dentro, e mesmo assim não sabes como tirá-la deste pequeno órgão. Estás pensando, por Deus, que eu seja mais fácil de ser manuseado que um pífaro? Podes dedilhar-me á vontade, não tirarás nota alguma de mim!”

Quando as palavras de Shakespeare finalmente ganharam sentindo em minha mente, uma voz rouca, porém doce, cantou nos meus ouvidos.

“William Shakespeare sempre tentando nos dizer algo, não é mesmo?”. Ele disse com um sorriso estampado em sua face.

Decidi pôr a xícara na mesinha ao meu lado para não denunciar as minhas mãos tremulas. Sorri.
Fiquei observando-o por alguns segundos. O sorriso ainda permanecia ostentando naquele belo rosto, e seus olhos me fitando, como se estivessem à espera de uma resposta. Vi que ele lia Romeu e Julieta, também de William Shakespeare. “Que coincidência! Estranho.” Logo meus pensamentos foram interrompidos por aquela canção novamente.

“Os homens de poucas palavras são os melhores.” Ele citou, ainda sorrindo.
“Só há frases de Shakespeare no seu vocabulário meu caro?” Levantei uma das minhas sobrancelhas.
“Pensei que gostava o suficiente de Shakespeare para ouvir algumas citações minha cara. Se não me engano já é o terceiro livro dele que te observo lendo.” O sorriso ainda permanecia ali, intacto, me hipnotizando.

“Então ele andou me observando todo esse tempo? Não todo esse tempo, mas algumas vezes?” Essas perguntas vinham como loucas embaraçando meus pensamentos.
“Quinto.” O corrigi. “Na verdade Shakespeare me fascina.” Tomei um pouco do meu café.

Senti que meus olhos brilharam ao dizer essas palavras. Realmente Shakespeare me fascinava. Suas palavras se encaixam na minha vida pacata como luva, e suas histórias me proporcionam sonhos encantadores. O mais recente que teimo em sonhar, está na minha frente.

“Então ele nos fascina.” Ele se ajeitou na poltrona de uma maneira mais confortável. “Sempre que tenho um tempo livre entre as minhas leituras obrigatórias do curso de Filosofia, W.S. ocupa um pouco do meu tempo.” Ele pegou uma bala do bolso. A mesma bala de todos os dias, o mesmo sabor de todos os dias. Hortelã.
“Então você cursa Filosofia?” Perguntei descaradamente. “Como seu eu não soubesse!” Pensei.
“Sim.” Ele disse passando a página do seu livro.

Silêncio. Fez-se silêncio entre nós.
Não hesitei em pegar minha xícara de café novamente e tomar sem nem ao menos respirar ou piscar. E por mais que o café estivesse bastante quente e minha língua já estivesse dando sinais de ardência, não parei. O nervosismo tomou conta de mim de repente.
Voltei a ler Hamlet. Ato V, cena III.

“Sendo o fim doce, que importa que o começo amargo fosse? Bem está o que acaba.”

Devaneios roubaram minha atenção mais uma vez. Entretanto, a voz dele preencheu o silêncio que nos afastou.

“O louco, o amoroso e o poeta estão recheados de imaginação.” Citou. “Qual deles prefere ser?”
“O amoroso.” Lhe respondi.
“Quando fala o Amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia.” Citou.
“O que queres dizer com isso?”
“O queres entender com isso?” Retrucou.
“Os homens de poucas palavras são o melhores.” Citei o que ele já havia dito anteriormente.
“Então falo demais?”
“Talvez poucas palavras não signifiquem apenas quantidade, mas intenções.” Sorri.

Tentei voltar a minha leitura, mas não obtive sucesso algum. Quando levantei o meu rosto lá estava ele me observando com aqueles olhos cor de mel sem expressão alguma. “O que eu fiz?” Perguntei-me em silêncio. Comecei a guardar dentro da bolsa alguns papéis que sempre tenho ao meu lado para fazer anotações, arrependida o suficiente pelo que disse e decidida a sumir o mais rápido possível dali.
Perdida nos meus pensamentos e no grande fracasso que fui não notei a presença de alguém se sentando na poltrona vazia ao meu lado. Sem eu menos esperar uma mão quente e macia tocou uma parte nua do meu braço que a blusa não cobria. Parei imediatamente tudo que fazia e olhei na direção da poltrona. Lá estava ele, sem expressão nenhuma, me fitando.

“O amor não prospera em corações que se amedrontam com as sombras.” Citou.
“Acredita que tenho medo?” Perguntei.
“Acredito que amas.”
“Eu também.”
“As palavras estão cheias de falsidade ou de arte; o olhar é a linguagem do coração.” Citou.
“Alguns olhares enganam.”
“O meu não.”

Em meio a nós William Shakespeare se fazia presente em suas citações, aproximando dois corações pulsantes, e suplicantes por um romance.
Sua mão quente tocou as maçãs do meu rosto já corado, e seu hálito fresco de hortelã se aproximava cada vez mais dos meus lábios. Um beijo doce, carregado de delicadezas.

“Oh, paixão, que fazes com meus olhos que não enxergam o que vêem?” Pensei.

Minha visão ficou turva, e nada mais era claro como o beijo de segundos atrás. Não era mais possível sentir aquele hálito fresco perto de mim. A mão quente já não me tocava mais, e a doçura e a delicadeza se perderam em algum lugar. Nos meus sonhos.
Passei a mão nos olhos, e observei a minha volta. Meus papéis ainda se encontravam na mesinha ao meu lado. Minha xícara de café estava intacta. E a poltrona ao meu lado vazia. Na poltrona de frente a minha lá estava ele. Sentando com um livro na mão, e a caneta na boca, perdido em suas leituras.
Sorri desiludida.
Deixei o meu cappuccino de lado, e fui em busca do livro que acabei deixando cair enquanto sonhava. Achei-o do lado da mesinha, no chão.
Já se passavam das oito da noite e a Biblioteca Central começava a fechar suas portas, e restando alguns minutos resolvi aproveitá-los folheando algumas páginas para não ter em mente uma tarde inteira perdida para sonhos fantasiosos.
Entre uma página e outra, meus olhos se fixaram, e se encontraram em apenas uma frase.

“Dormir, dormir... Talvez sonhar.” William Shakespeare – Hamlet.

Desencontros na Cafeteria - Brenda Matos

A cafeteria Le Pettit Cafe tinha um quê americano. O cheiro inebriante de café pairava no ar; Nas mesas, as pessoas bebiam cappuccinos acompanhados de cupcakes de marshmallow e cookies de chocolate. Os sofás eram de cor nude e acolchoados, formando uma meia-lua em volta das mesas. No cantinho havia uma Jukebox tocando blues e jazz, estilos de música mais apreciados pelos freqüentadores do local.
Marcelo, um moço de sorriso iluminado e amante da literatura, é um desses freqüentadores. Vai à Le Pettit todos os dias, sempre no mesmo horário: 7:00hr. As idas se tornaram um ritual matutino. O pedido era sempre o mesmo: um cappuccino duplo com bastante espuma e muffins de brigadeiro. Sentava-se na mesa mais afastada, perto da imensa janela de vidro e tomava o seu café da manhã. Trinta minutos exatos. Talvez o destino cronometrasse tudo. Levantava e ia trabalhar.
No mesmo instante, às 7:30hr, chegava Fernanda. O pedido sagrado de todos os dias era um Café Mocho e Cookies, para acompanhar. Ela tinha cabelos pretos-quase-azuis pouco acima do ombro e bochechas rosadas. Sentava-se – por mera coincidência, ou não – na mesma mesa afastada e perto da janela de vidro, tomava o seu café da manhã e ia à Universidade.
Os desencontros aconteciam desde que o Café foi aberto. Estranho é o fato de aquela mesa só ser usada por eles dois. Quem sabe um deixava um pouco de si para o outro sentir na manhã seguinte, ou minutos depois. Eles já se conheciam e nem sabiam disso.
Sábado tudo mudaria. Era o dia de folga de Marcelo. Ele foi à Cafeteria, fez o mesmo pedido de sempre, sentou-se e começou a ler um livro. Poucas páginas depois e ele não se lembrava sobre o que tinha lido. A leitura teria que esperar. Fechou o livro, colocou no sofá, pegou a chave de casa na mochila e começou a rabiscar a mesa de madeira. Desenhou um homem sentado no banco do parque, segurando um copo de café e tomando banho de chuva. Escreveu uma frase de Caio Fernando Abreu que dizia “Por que estamos tão perto e tão longe?” e assinou no canto. Foi embora dali e, no momento exato em que saía, Fernanda entrava. Segurou a porta para ela, que respondeu com um tímido: “Obrigada, moço.”.
Fila. Balcão. O pedido de sempre. Ao sentar-se na mesa, viu o desenho e ficou encantada. Quem seria o tal Marcelo da assinatura? Ela estava curiosíssima, afinal ele havia citado uma frase do seu escritor favorito. Tirou o prendedor de cabelo de metal dos cabelos e completou o desenho. Fez uma mulher sentada na outra ponta do banco, com um sorriso no canto da boca e segurando um guarda-chuva na direção do moço. Citou Caio na parte de cima do desenho: "Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra." e assinou.
Quando acabou, viu o livro esquecido ao seu lado. Folheou algumas páginas e decidiu levá-lo para casa, um dia encontraria o dono – e, inconscientemente, esperava que isso acontecesse logo. Olhou para o relógio e percebeu que havia perdido a noção do tempo. Precisava chegar à Universidade em quinze minutos, tinha que se apressar. Pegou o café, colocou o livro dentro da bolsa e saiu correndo.
Incontáveis passos depois, Marcelo percebeu que havia esquecido o livro lá e retornou para buscá-lo. Eles se cruzaram no caminho, dois estranhos andando pela mesma rua, indo em direções opostas. Fernanda se esbarrou sem querer em Marcelo, deixando derramar todo o café no meio da calçada.
- Ai, que desastrada eu sou. Me desculpa, moço. Derramei em você? É que eu estou com muita pressa, preciso chegar ao ponto de ônibus... – Ela começou a tagarelar nervosa.
- Tudo bem, não precisa se preocupar. – Interrompeu-a - Se quiser eu posso te pagar outro... Hm, Café Mocho?
- Ah, obrigada, mas eu não tenho tempo. Me distraí com um desenho na mesa e agora estou atrasada para a...
O ônibus já se aproximava na rua. Ela ainda arriscou gritar enquanto corria: – Tenho que ir, tchau. – E foi.
Marcelo continuou o seu caminho, surpreso que ela tivesse visto o seu desenho e, principalmente, se atrasado por causa dele. Entrou na Cafeteria, mas o seu livro não estava mais lá. Ao invés dele, havia outra coisa na mesa que chamou a sua atenção. Havia traços a mais no desenho. Agora, também sentada no banco, estava uma mulher segurando um guarda-chuva e sorrindo; Outra frase de Caio Fernando e a assinatura. Eis o nome da moça desastrada: Fernanda!
O dia dos dois foi pensativo. Nem ela conseguiu se concentrar nas aulas, nem ele em nada que tentasse fazer para aproveitar a folga. O domingo passou arrastado, parecia que o tempo queria irritá-los, os ponteiros preguiçosos do relógio quase-não-rodando.
Manhã de segunda-feira. De tão distraído que estava no dia anterior, Marcelo se esqueceu de ajustar o despertador, que só tocou muito atrasado. Levantou apressado, vestiu a primeira roupa que encontrou pela frente, pegou a mochila e saiu de casa, ainda sonolento. Entrou na Le Pettit, pediu o seu café, mas não se sentou – foi tomando no caminho. Mal olhou para os lados, nem percebeu que Fernanda estava lá, ao lado do desenho, esperando quem-quer-que-fosse-Marcelo aparecer para devolver o livro. Como ele não chegou, ela foi embora. Frustrada pela espera em vão.
O céu estava cheio de nuvens pesadas, com certeza choveria. E choveu. Choveu o dia inteiro, sem parar. No final da tarde, Fernanda pegou o ônibus e saltou no ponto perto da Cafeteria. Sua casa ainda estava há cinco quarteirões dali, mas ela resolveu ir debaixo da chuva, não se importava. Jogou o capuz fino do capote por cima da cabeça, como se adiantasse alguma coisa contra as gotas violentas que caiam e começou a andar. No meio do caminho, um homem se aproximou dela, abriu o guarda-chuva e disse:
- Minha vez de te salvar da chuva, Fernanda.
Uma alma especial reconheceu de imediato a outra.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Efeitos do amor - Bianca Arraes

Quando estou sozinha
mesmo com as pessoas
é o amor que apaga
todos os sentidos
fico surda, muda e cega
só me resta você ao redor
na minha mente e nos meu sonhos.
É o amor o sinônimo da solidão
Que só tem você no meu mundo
Só você sempre está nos versos que componho
Só você sempre está no meu coração
É o amor o sinônimo do perigo
Que só por você que me mataria
Só por você que ponho mãos no fogo
Só por você que faço qualquer coisa
Porque você é a razão da minha paixão!

Amizade - Rodrigo Pedra

Queremos...
A amizade que nos satisfaz...
A alegria e o amor que isso traz,
Queremos viver o bem e a paz que isso nos traz.

Thayla Nicoly

Porque você tem que mentir pra mim?
Seria tão bom se você fosse quem eu pensei que fosse..
A tua mentira me envolveu, o teu sorriso me envolveu, os teus beijos me enlouqueceram
E o teu abraço me fez desejar por várias vezes morrer contigo
Colar o teu corpo no meu é a vontade que já não pode mais pertencer a mim
Ah .. se você pudesse ser aquele que tanto me enganei
Na verdade daria tudo, mas tudo... para você ser aquele rapaz
O rapaz lindo dos meus sonhos, dos primeiros encontros.. que colorio o meu mundo com o brilho de teus olhos
De repente tudo mudou.. e hoje não quero mais você
Tudo o que me disse não se passaram de palavras bonitas.
E querer você me dói..
Não querer você é algo que jamais desejei
pq antes o meu desejo era te ter pra vida inteira.. pra vida inteira..
E agora, mesmo querendo estar ao teu lado, sei que não devo..
Pois o amor que sinto não é algo pelo que és, e sim por algo que me iludi que fosse.
Ah, meu anjo .. irei sempre me lembrar de você,
Não lembrarei das noites em que minhas lágrimas se tornaram sangue,
Ao chorar pelo amor que desejava que fosse meu,
Mas sim da tua imagem que se tornou tatuagem ao fechar de meus olhos.

Apenas palavras... - Monique Ferreira

Eu não sei se o que eu quero é apagar o passado,
tempos de retorno que me tens roubado.
Cada abraço, cada carícia,
cada beijo que você tinha.
Porque agora eu sei:
Que sempre mentia.

Eu olhei para você em viagens infinitas,
Eu olhei para você em carne, pele e nos olhos,
como pessoas esquisitas;
Na minha, e nas suas histórias tristes de abandonos.
Eu olhei para você neste mundo e mais além,
tentar encontrá-lo, olhei pra onde você não estava.
Precisava de um refém
Para lembrar-se do que pensava
Não é possível encontrar,
e não ver você de novo... - Que embora, vá!

Você disse: "você é minha vida",
“eu te amo", “te quero”, "é para sempre”
e em vez disso tudo que você dizia...
Não foi algo contente,
Foram palavras no vento
palavras mentirosas
iguais ao seu sentimento.

E agora você não é mais meu,
eu quero saber... Quem vai dizer
as palavras que você disse
quando me abraçava?

E quando isso vai acabar com ele?
Como muitos outros vão dizer?
Sempre os mesmos, sempre os mesmos,
Como sempre mentira!
... Mentira!

Eu dou a paz, sabe?
Eu devia ter sabido,
estava em seus olhos
você sabe mentir.
Isso é futilidade!
Mas você estava tão bonito ...
De tirar suspiros!

Se amanhã o destino...
Até nós nos encontrarmos novamente,
talvez , no parque
ou no mar,
fingirei que você é um nada.
Eu nunca o conheci,
você é um entre tantos!

Você disse: "Eu gosto
acordar ao seu lado,
assim para o resto da vida.
Eu não me canso de você "
Eram apenas palavras,
palavras no vento
palavras mentirosas
como o seu sentimento.

Medo de amar - Daniel de Oliveira Meireles

O que é o amor?
Alguém pode senti-lo?
Quando ele chega?
Pode ser sempre correspondido?
Uma coisa é fato.
Que sentimento miserável.
Mas quando saber se é verdadeiro ou não?
Se quebrar a cara, “rum”, vai ao chão
Mas, quando acontecer isso, procure uma amizade,
É ela que realmente constrói a sua base
O problema está,
Em quando é daquela amizade, que nasce esse traste.
Que corroi por dentro,
te faz falar coisas idiotas,
E achar que tudo aquilo é o bastante.
Porém, pouco se sabe sobre esse sentimento.
Que se assinar embaixo,
Pode te levar para o céu ou para o pior dos excrementos.
Mas quando é acertado,
Quando é cuidado,
E quando é entrelaçado com outro do mesmo gênero.
É simplesmente o melhor de todos os sentimentos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Abrigo - Juliana Sandoli

Trovões me deixam com medo
Não sei, te conto um segredo?
Mas como vou me expressar
Se a chuva não quer passar?

Num instante eu me lembro
Que o conforto perto está
Na paz de um coração
Que um dia irei confortar.

Um dia me perguntei
Se meu sol anda comigo
De repente me lembrei
entreguei a um amigo

Perto ou longe,
Não importa o momento
se o sol está com Ele
Meu coração não ficará ao relento.

Abrigo - Juliana Sandoli

Trovões me deixam com medo
Não sei, te conto um segredo?
Mas como vou me expressar
Se a chuva não quer passar?

Num instante eu me lembro
Que o conforto perto está
Na paz de um coração
Que um dia irei confortar.

Um dia me perguntei
Se meu sol anda comigo
De repente me lembrei
entreguei a um amigo

Perto ou longe,
Não importa o momento
se o sol está com Ele
Meu coração não ficará ao relento.

Samilly Reis

Paixão, sensação que entorpece
Que enlouquece e entristece
Que aquece...
Transmite toda chama com um olhar
Porque com palavras, me cala!
Amo, sinto
Amo cada dia mais
Sinto, amo!

Com saudade - Thainá Daltro

Como o vento
Que sopra sem direção
Seu amor levou meu coração
Agora ele não sabe voltar...

Como uma doce brisa
As vezes sinto me tocar
E esse desejo a aumentar...

O meu segredo
Fez-se real para o mundo inteiro
Te coloquei em um pedestal...

Mas veio o medo
E todo aquele desejo
Como papel picado
Foi levado sem nenhum sinal...

Composição - Gabriella Monteiro

Moço, olhe bem por onde andas
No meu jardim há espinho que te fizeram ter medo,
Areias que escondem segredos...

Pedras que construíram certezas,
Pétalas que demonstram sutilezas...

Pássaros que cantam alegria
Que junto ao sol anuncia novo dia...

Por isso lhe peço, por favor:
"Não pise nos girassóis"
Eles seguem a luz, o meu amor

AMOR - Ramon Crístian

O amor,
Não é como a nuvem que passa
Não é como a neve que se esvai
Quando o sol sobre ela cai.

O amor,
É como o sol a clarear
Como o céu estrelado
Como o brilhar do luar
Como a pureza e simplicidade da natureza
Como a beleza do mar
Como o expressar da poesia
Como a liberdade de voar.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Prefiro a Liberdade - Bruno Lins

Prefiro a liberdade,
Prefiro a imensidão do mar,
Às barreiras invisíveis de um aquário
Prefiro o branco da paz,
Ao vermelho-sangue das guerras
Prefiro a fraternidade, a amizade e a sinceridade
Prefiro o amor
Prefiro a liberdade.

Não te quero mais - Rodolpho Nobre

Não atraia mais meus pensamentos
Por favor, Pare!
Não quero usá-los à toa
Eu quero tomar um banho de chuva
Quero me lavar de você!

Você já me desgastou demais
Comprimidos? Já não sinto o efeito
No meu chão, cartelas vazias
Na minha mente, os mesmo problemas

Amor? É um sentimento de troca
Troca de olhares, troca de carinhos
Quando não é troca, é doença
E deve ser curada
Se os remédios não curarem meus sentimentos
Vou sair...

Sair para ver a lua
Sentir o frio da noite
As estrelas acompanham-me no meu caminho
Vou ficar na rua com as estrelas, com o frio, com a lua
Pois em casa, só tenho o que não posso
Essa vontade de ter
Agora minha lei é outra,
Não vou mais gastar meus sentimentos
Então pare de me atrair, de atrair meus pensamentos
Vou sair, desta vez encontrarei com a chuva
E me lavarei de você
Adeus.

Minha terra, Minha Paz - Túlio Simões

Um solo manchado pelo ouro rural
Terra fértil, suor, nada igual
100 anos magníficos, respiro orgulhoso
Sem Ela, não serei
Itabuna, minha paz

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dias de sol - Luiza Liz

Acordo, os passarinhos cantam,
O sol brilha me desejando um bom dia,
Libélulas e borboletas brincam de pega-pega,
As flores, em sincronia com o vento, dançam.

Como é bom correr sem direção,
Sentir a brisa em meu rosto,
Comer frutas fresquinhas com um gosto de liberdade,
E ouvir as batidas do teu coração,
Prestar atenção nos mínimos detalhes,
Que passam por mim sem eu nem perceber.

O dia está acabando, agora vejo estrelas no céu,
Uma lua me iluminando, espero meu anjo aparecer,
Pensando na felicidade que é ter você,
Durmo, esperando ansiosa pelo amanhecer.

Sus(piro)s - Brenda Matos

Eu suspiro
Tu suspiras
Ele suspira
Nós suspiramos
Vós suspirais
Eles suspiram

De tanto suspirar, pirei.

O sono - Davi Santos

Momento único de descanso da alma
Traduzindo aflições e glórias em vitórias e derrotas
Levando em uma constante
Nessa paz interior
Revelando todo seu amor

Quando penso em minhas ações
Trago comigo minha inspiração
Vivendo mais um dia
Não deixando o tempo passar em vão

Pronto pra fazer tudo que tenho em mente
Mas me preocupando do que vem daqui pra frente
Paro, respiro, olho sagazmente
Passando por tudo aquilo que pode me deixar inconsciente

Viajando em altas é possível perceber
A importância que o sono tem pra você
Plantando sempre amor e paz
Você sempre pode ter um sono sagaz.

Maria Manuela

Tudo que sinto,
vem do teu olhar,
quero sentir aqui,
bem la no fundo
O teu e o meu sentimento
nesse puro olhar
faz o que sente,
ajuda a quem não vê,
mais no fundo
volta e olha
pra tudo o que passou,
e reconstrói.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Al dilá (do outro lado) - Marco Scollo

Quando estou com você me sinto outra pessoa,
Uma pessoa com alegria de viver, de amar,
Sem você me limito a pensamentos de quando estamos juntos,
Penso no teu calor, em teus beijos, em sua pele
E sonho vibrando com o brilho dos teus olhos.
Necessito do seu perfume mais que o ar.
Necessito do seu calor mais do que o sol.
Necessito do seu brilho mais que as estrelas.
Se todos sentissem um amor verdadeiro por alguém,
Não existiriam guerras, conflitos e discórdias,
Pois o único objetivo do amor é a felicidade da pessoa amada.
Muitas pessoas não encontraram um amor verdadeiro,
Mas a incapacidade de amar não é um defeito e sim medo de sofrer.
Um medo pelo qual não quero passar,
Pois quero estar sempre ao seu lado e
Colado ao seu rosto sussurrando em seu ouvido,
Quero-lhe falar o quanto te quero.

A vida - Ícaro Gabriel

Como a estrada de um peregrino
A vida se faz uma jornada
Com começo, meio e fim
Sem momentos para paradas

Quando uma luz divina ilumina a escuridão
Um novo mundo é descoberto
Antes, no casulo do amor
Agora, num mundo de dor

Dor de uma vida mundana
Que consiste em constantes batalhas
Batalhas éticas e morais
Onde matéria vale mais

E como todo ciclo a vida chega ao fim
Uma jornada de luta e provação
Um conceito que transcende a filosofia
Então não viva a vida em vão

Pensamentos Soltos - Anna Luísa

Como uma gota d’água
Que cai e molha um pouco do chão
Como um grão de areia
Que se une a outros e queima nossos pés
É issso que a inveja é
Insignificante, mas incomoda.

Soneto Semi-erótico - Pedro Vinícius

Debaixo daquela saia
Tem um tesouro
Tesouro d'ouro
Vítima de agouro

Mapa ascendente
Transcendental
Descoberta proposital
Díficil no oriente

Toma comigo um refrigerante?
Enquanto dás atenção a mim, moço galante
Penso no que fazer para esse tesouro achar

Tá frio, tá frio
Tá quente, e como tá...
Nunca mais me esquecerei do tesouro que acabo de ganhar.

sábado, 4 de setembro de 2010

O vento - Thasio Sobral

Posso ouvir-lo
Posso vê-lo uivar
Vento que me traz solidão
Vento que não traz
Vento que uiva
Porque uivas?
Porque insistir em gritar?
Porque insiste em assustar?
Corro de ti
Corro do vento
Vento que mente
Vento que insiste em uivar.

Você - Gustavo Carriço

E o tempo,
escasso,
fracasso dos meus pensamentos.

E os teus olhos,
abraço,
aconchego dos meus sentimentos.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ei, moço - Maria Midlej

Você que leva nas palavras, a doçura do ser
Que tenta não-ser, não sei porquê
Pra impressionar, pra desandar
Você que insiste em se negar

Você que possui suas verdades
Seus medos e ansiedades
Seus traumas e suas saudades

Que passou por mim e eu nem liguei
Me chamou e eu nem escutei
E agora assim, nem percebi
De repente já está aqui.

Você que possui nos cachos o Sol
Que traz na língua um pequeno anzol
Que carrega nos ombros um peso qualquer
Que conhece de cor perfumes de mulher

Poderia por favor - desculpe a indiscrição-
Tirar os olhos do meu decote e me dizer que horas são?

Cartão de Visita - Kellvin Jordan

Quem sou ou quem talvez já fui.

Isso já não interessa mais

Só estou aqui de passagem

Como numa dessas tantas viagens que já fiz

Sou de longe,

Mas agora me faço bem perto de ti

Para te fazer um convite:

Acompanhar-me numa dessas estranhas turnês.

Se você soubesse onde eu já estive...

Ah... Espantar-se-ia!

Afinal de contas, em que se baseia a vida?

Cada um vive do seu jeito

E esse é meu jeito de aproveitá-la

Curto sempre os poucos momentos que ela me fornece

Só não vive aquele que não sabe

Aquele que não se descobre

E hoje minha função é de fazer você pensar

“o que estou fazendo e espero da vida?”

Se não sabe, é porque ainda não se descobriu

Se não se encontrou faço a você um apelo

Siga-me...

E marchemos unidos nessa excursão

Vamos a um orbe de surpresas

Uma cancha louca, linda, confusa... Divina

Um recinto nosso.

Aqui vamos oferecer a você

A beleza que é o mundo do pensamento

Donde tudo se perpassa e flui DIVINAMENTE

Seja bem-vindo ao teu mundo... E descubra-se!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Apresentação;

O blog Divina Mente faz parte do Projeto Divina Littera, que foi criado para incentivar os alunos do Colégio Divina Providência a ler e escrever.
Aqui serão postados os textos, poesias e contos feitos pelos alunos do Terceiro ano do Ensino Médio.


Divinas mentes escrevem DIVINAMENTE!